terça-feira, 27 de outubro de 2009

Maria Rita Kelh: as depressões ou como anda o desejo contemporâneo


Nesta segunda feira, estive na conferência de Maria Rita Kelh no Fronteiras do Pensamento. O tema era a questão da depressão como sintoma social. O Fronteiras do Pensamento é uma iniciativa de um grupo de intelectuais gaúchos com o patrocínio da Brasken e realiza no Rio Grande do Sul e na Bahia aquilo que Adauto Novaes vem desenvolvendo no âmbito do centro do país com sua empresa Artepensamento: a realização de grandes seminários -com personalidades internacionais - sobre grandes temas da atualidade. E bota grande nisso: uma boa dezena de palestrantes para ninguém botar defeito, como no ano passado. Neste ano, numa versão pocket, o Fronteiras não deixa a desejar, com palestrantes de alto quilate. Para quem não sabe, são inúmeras as dificuldades da produção de grandes eventos culturais, da concepção à organização. Conheço Michele, da organização, e você só a vê correndo de um lado para o outro para produzir o evento. É uma loucura. Está deixando, anonimamente, uma grande marca no Fronteiras.


Voltando ao seminário, para quem não sabe, pode-se contar nos dedos os grandes psicanalistas brasileiros. Nesse universo, há uma leva imensa de freudianos, como não poderia deixar de ser; há os lacanianos - aqueles famosos pelas consultas sem tempo de duração - e há aqueles, com os quais me identifico mais, que podem ser contados nos dedos, que abordam o social do ponto de vista da psicanálise: Joel Birman, Jurandir Freire Costa, Contardo Calligaris, Suely Rolnik e Maria Rita Keln. Neles, o que passa pelo inconsciente passa pela sociedade; os comportamentos humanos e psicologia individual tem um quê do desastre da humanidade; não se pode pensar sobre política sem mexer na questão dos desejos humanos. Para se construir uma psicanálise social, tudo vale (Feyrabend): literatura, música, análise de movimentos sociais, poesia. E teoria, muita teoria - sociologia, filosofia, marxismo, freudismo, lacanismo, bataillismo, deleuzismo, foucautismo e muito mais.


Maria Rita Kelh nasceu em Campinas, mas se considera paulistana, pois foi criada em São Paulo . No Bairro de Pinheiros estudou em colégios de freiras - sua mãe era religiosa - e fez Psicologia na USP entre 71 e 75, no período autoritário. Estava insatisfeita com o curso, e não sem razão, já que muitos professores haviam sido cassados e a faculdade era, por assim dizer, "fria". Queria atividade, procurou um jornal de bairro para trabalhar e escrever e nunca mais parou. Diz: "Eu queria trabalhar em alguma coisa que não fosse psicologia, que me parecia na época uma coisa muito xarope."


Transformada em jornalista free-lance, formou-se nos jornais alternativos numa época em que não precisava registro de jornalista para trabalhar. Foi assim durante três anos até 78, periodo formador de Kelh onde pode ampliar seu horizonte, mesmo não entrando para a luta armada. O jornal que trabalhava não era sequer um jornal de esquerda, mas num tempo onde o medo impera, aprender a ver o mundo melhor. O trabalho em jornais como o feminista Mulherio começou a fazer diferença em sua formação de psicóloga. Claro que havia um posicionamento" eu era levemente atraída pela esquerda.", diz. Transformou-se em editora de cultura na raça. Trabalhou para a Folha, para Veja, Isto É, mas começou a duvidar da sua profundidade de abordagem, daí procurou o Mestrado. Nele estudou a televisão "por causa da minha prática em jornalismo cultural, ninguém está percebendo o que a televisão está fazendo no Brasil”, diz.


O curioso em sua trajetória é que só depois do mestrado sobre televisão é que ela se deu conta que poderia voltar a seu campo de origem e ser psicanalista. Claro que também tinha como qualquer pessoa comum seus problemas de família, precisava manter seu filho pequeno morando numa comunidade, já que o pai morava em outra - daí o estilo meio hippie que se viu na palestra do Fronteiras. Kelh morou em várias comunidades, o que de certa forma, a ensinou a ser observadora e, com uma bolsa da FAPESP, pode se sustentar enquanto estudava e criava seu filho Luan. Depois do fim da bolsa, trabalhou um pouco na Rádio Mulher com entrevistas ao vivo. Logo depois abriu um consultório mesmo, como diz, "sem preparo algum", e ia fazendo terapia.


Começou em 1981 e nunca mais parou de psicanalizar. Sua tese “O papel da Rede Globo e das novelas da Globo em domesticar o Brasil durante a ditadura militar”, analisou novalas como Irmãos Coragem e Dancing Days, e nelas, a imagem do Brasil. Ainda que a autora repute que a tese era de natureza política, não é impossivel imaginar que a análise de personagens antecipasse as linhas para a psicanalista que se seguiu. Porque, já apontam os estudos de Suely Rolnik (outra psicanalista) e Felix Guattari, a mídia é a grande produtora de subjetividade.


Um dos temas interessantes de sua trajetória é a sua relação com o feminismo, pouco explorado pela autora em sua palestra do Fronteiras. Ela tem sua briga teórica dentro da psicanálise freudiana e lacaniana, pela imcompreensão que vê na questão da diferença dos sexos. Este foi o tema de sua tese de doutorado, já nos anos 90, a discussão sobre o modo como os psicanalistas escutam pacientes mulheres, porque, do modo como a psicanálise vê a sexualidade feminina, de forma especular à masculina, ela se transforma numa outra forma de castração (em termos simbólicos, a mulher é sem o pênis e blá , blá, blá ). Ela diz "se continuar escutando desse jeito, [a psicanálise ] não oferece outra saída para as mulheres senão a histéria. Suely Rolnik, em "Cartografia Sentimental da América - a produção do desejo na era da indústria cultural, tem o mesmo foco, a constituição do desejo feminino na era contemporanea.

Na critica de Kelh, que a mulher que se sente inferior e que inveje o homem, só pode ser produto de uma visão que pensa que a mulher está condenada a sua natureza, de acordo com uma certa escuta psicanalítica. Nada mais genial: é a psicanálise tradicional que acorrenta a mulher. Vem a tona sem querer, Jean Baudrillard, de "A sedução": a força da mulher não está no poder, está no simbólico. Há aqui, é claro, e por outra forma de abordagem - a filosofia - o mesmo entendimento emerge nos textos de Alain Finkielkraut e Pascal Bruckner - vale a pena ler a A nova desordem amorosa ou A sabedoria do Amor, para perceber o privilégio do feminino que Kelh fala. Estes autores falam justamente desta recusa que a mulher deveria ter na explicação sobre a sua sexualidade dada pelos psicanalitas de plantão com base em Freud. Mas isso é tema para outra postagem.


O tema da depressão - e isso ela não situou na palestra - surgiu na sua obra (bem, saí por um acesso de tosse, instantes antes do fim..) a partir de uma experiência de consultório nos anos 80, ainda quando ela era novata, onde duas ocorrências de suicidio a marcaram muito, a de um jornalista da revista Exame e de um viciado em cocaína. A rigor, não eram casos de depressão, mas isso gerou medo em Kelh de atender pacientes deprimidos. Um paciente se matou após uma crise de uma demisssão que o deixou muito desesperado e o outro paciente fez sessões, mas interrompeu e se suicidou "Era meu paciente de alguns anos, tinha interrompido, e nessa interrupção se suicidou. Então, eu fiquei muito culpada, como todo analista fica. ", destaca Kelh, que completa "Não dá para dizer que a culpa é toda sua e não dá para dizer também que você não tem nada a ver com isso" .Depois disto tudo, sua primeira reação foi encaminhar os deprimidos que chegavam ao seu consultório para outros terapeutas, mas depois ela amadureceu, começou a atender os deprimidos, e assim cresceu como pensadora e psicanalísta. Viu que os deprimidos eram sensíveis a análise, tinham maior permeabilidade ao inconsciente - o neurótico se defende sempre, etc, etc ”.


Foi aí que nasceu seu interesse por escrever sobre depressão. E teve o caso curioso em que ELA ficou deprimida. Como se sabe, Kelh também ficou conhecida por atender pacientes do MST. E ela numa das suas indas e vindas atropelou um cachorro "Essa cena, não vou dizer que foi traumática, mas exigiu reflexão, porque foi uma coisa muito rara"...eu tive essa enorme agonia de perceber que eu estava em uma velocidade irreversível e que eu ia matar um animal, um ser. E esse acontecimento teria desacontecido, eu não sofri nada, se eu não ficasse tão chocada com o que a velocidade faz com os acontecimentos da vida. " O que se segue, e que foi o mote da palestra no Fronteiras do Pensamento, nasceu de uma constatação deste dia e que originou seu ultimo livro. Resumo da história: a velocidade do mundo atual está nos matando, setencia Kehl. Vejamos como.


A idéia de velocidade do mundo não é exclusiva de Kehl, mas é muito interessante quando aplicada a depressão. O primeiro pensador a falar com propriedade da velocidade do mundo foi Paul Virilio em "Velocidade e Política". Ele fundou uma ciência, a "dromologia", ciência da velocidade. (ver postagem sobre Virilio). É interessante ver como ela interpretou este tema da velocidade, do ponto de vista da constituição do sujeitoe para quem viu a palestra, tudo está relacionado. A citação é de um de seus escritos, é longa, mas vale a pena:


"Não só pelo cachorro, o atropelamento é mais uma metáfora, porque atravessou a outra pista mancando e não morreu. Eu comecei a me dar conta de quantos acontecimentos na minha vida, nessa velocidade, não aconteceram, viraram desacontecimentos. Quando cheguei na escola, fui olhar o parachoque, e tinha uma sujeirinha, talvez o pêlo dele. E tinha um ligeiro amassadinho. Aí entra a associação. Eu estava lendo Walter Benjamin, por causa de um grupo de estudos, estava lendo o texto dele sobre experiência. Ele faz uma articulação entre a perda da experiência e a velocidade da vida moderna. E eu falei “a depressão está aqui”, porque Walter Benjamin chama isso de melancolia, não é também que eu inventei isso, então são duas coisas diferentes que se juntaram. A depressão como o começo de uma experiência no consultório que me interessou muito, e a depressão como um sintoma social, quer dizer, algo que se alastra, sintoma social no sentido de um tipo de sofrimento mental que além de dizer respeito ao sujeito, a cada um por si que está sofrendo, cada um com suas razões, revela alguma coisa que não vai bem. Não se poderia dizer que é o sintoma social do homem contemporâneo, porque drogadição também é um sintoma, violência também é um sintoma. Mas certamente depressão é um dos importantes sintomas. Porque, digamos, ele faz água no barco. Tem um barco, que é a sociedade de consumo, que as pessoas supostamente navegam, às vezes achando que a vida vai ter sentido porque você pode ter dinheiro e comprar não sei o quê. Todo mundo fala: “Que sociedade de consumo? Brasil? Menos de 1/3 pode consumir o básico”. E eu insisto que essa sociedade é de consumo, nos termos mesmo dos autores como Baudrillard, aliado à idéia de sociedade do espetáculo, de Guy Débord, porque o que dá sentido à vida é o consumo. A questão não é a sociedade de consumo porque todo mundo está consumindo furiosamente, pouca gente está consumindo furiosamente, mas as pessoas medem o que elas são pelo que elas podem consumir, medem o sentido da sua vida pelo que elas podem consumir. Estão convencidas de que o valor delas e das outras se define pelo que elas podem consumir. Por isso sociedade de consumo, pela crença, não necessariamente pelos atos. Então voltando ao por que a depressão que é sintoma social. Porque a sociedade, em termos dos discursos dominantes nos quais a gente acredita, deveria ser uma sociedade menos antidepressiva. Dos anos 60 para cá nós somos mais livres, nós podemos fazer mais sexo, nós podemos desfrutar do corpo e da saúde de uma maneira privilegiada. Tem mais opções de lazer e de festas, encontrar sua tribo para não ficar necessariamente submetido a um padrão só de comportamento. E tem um avanço enorme no desenvolvimento de antidepressivos, então essa sociedade não deveria ser mais deprimida, a não ser os casos patológicos raros de porque um dia o pai estuprou a irmã na frente dele, essas coisa mais horrorosas. Não deveria ter mais depressivos. E os dados da Organização Mundial da Saúde são de que a depressão cresce a nível epidêmico nos países industrializados e que em 2020, se eu não me engano, será a segunda maior causa de comorbidade, não de morte diretamente, mas de comorbidade do mundo ocidental. Então, é o sintoma social, está mostrando que esse negócio não funciona. "


O que a palestra de Kehl no Fronteiras fez foi destacar um dos pontos centrais de seu livro e justamente esse, o das relações entre a velocidade do uso do tempo a experiência da construção do sujeito. É uma constatação sua bombástica, a de que ainda que os antidepressivos sejam muito importantes, eles não curam, no máximo ajudam a ter energia para algumas coisas, como por exemplo se tratar. A sua idéia paradoxal é que a depressão faz parte da sociedade contemporânea, não é privilégio de quem não trabalha, mas de quem trabalha também. Diz "Às vezes eu brinco e falo assim: “quem vai salvar o capitalismo da crise é a indústria farmacêutica, porque quanto mais crise mais remédios eles vão vender”. Kehl nos mostra que é uma grande sacada dos laboratórios o modo como o marketing divulga doenças, ela constata que há panfletos falando de 20 sintomas da depressão que qualquer um tem, como falta de sono, excesso, desânimo, irritabilidade - mas ela pergunta: quem náo é irritado com o estresse no trânsito que temos?


Mas há mais de suas idéias que a palestra ilustrou. No caso das depressões, elas veem em primeiro lugar porque nossa moral social é da alegria , a da obrigação do gozo, da farra. Essa idéia de obrigação do gozo - você tem de fazer coisas, se divertir, correr, aproveitar o tempo, diz a você que você é OBRIGADO a aproveitar o tempo. Elas fazem parte das coisas que revelam que não é o individuo, mas é na verdade o social que vai mal. Queremos tudo, queremos fazer tudo e o que o sistema fala, segundo Kehl é "oba, vamos devolver isso na forma de mercadoria”. É a questão da psicanálise atravessando o social, presente na obra de Guattari, Finkielkraut, Bruckner, Zizek e tantos outros desconhecidos no Brasil a que já nos referimos.


É aí neste ponto que se encontra o pensamento de Kelh: se você é obrigado a estar bem, não estar bem é depressão. E como disse Kelh na palestra, se o filho é mal educado, toma remédio, se é hiper ativo, toma remédio, se está em crise, toma remédio, se está em crise porque é adolescente, toma remédio. É a mesma lógica, dá-se conta Kelh, a mesma lógica do capitalismo financeiro: você precisa jogar certo, se comportar certo para ficar rico a vida inteira, acumule, não tenha turbulências (financeiras ou psicológicas) - elas são perdas de tempo, e perda de tempo é perda de dinheiro, daí, mais e mais remédios.


Para Kelh, a relação com a depressão é que o sujeito que submerge a este sistema, submergindo aos remédios, acaba sem força interior. Daí a excelente metáfora das crianças, que para Kelh, por não terem a obrigação de fazer, terminam por criar. O depressivo é este sujeito que rejeita tudo, tem todo o tempo do mundo mas não sabe o que fazer, não consegue transformar seu ócio em criação. Está perdido. Por isso Kelh precisa retornar - o que para muitos pareceu enfadonho, a idéia do bebezinho e suas dificuldades para saciar sua fome como condições de criação da crise interior "psiquismo é isso, trabalho para se enfrentar as dificuldades" e a vida também é isso, enfrentar conflitos, suportar crises, suportar momentos de desprazer, porque não podemos ter só momentos de prazer. Ser ansioso é resistir a enfrentar conflitos, é como se disse - tome o remédio e volte ao trabalho.


Kelh retornou ao estado de depressão Ela diz em um de seus textos " Hoje uma pessoa deprimida, além dela sentir todo o sofrimento da depressão, a sensação de vazio, de que a vida não vale a pena, de que ele mesmo, ou ela mesma, não vale nada, de que o tempo não passa, que os dias estão estagnados e insuportavelmente lentos, enfim, falta de vontade de viver basicamente, tudo isso que já é sofrimento suficiente para um depressivo, hoje recebe um acréscimo da culpa de se estar deprimido". E continua "Porque sentir-se culpado por não querer ir sempre a festas como adolescentes que não tem que trabalhar e vivem uma festa permanente?. "


E ela encontra deprimidos por todo o lugar. Mas encontrou experiências de subjetividade que podiam se contrapor a depressão, como com o seu envolvimento com o MST.Numa situação curiosa, um movimento militante atendido por uma teorica não militante, sua idéia era que havia neuróticos militando e que isso atrapalha a militância, a ideia de misturar problemas sociais com problemas pessoais não é bom, ou "se o cara fica menos louco daí milita melhor”. Sua proposta foi aceita na hora pelo movimento. Mas, se a depressão tem a ver com o social, a alienação neurótica também tem a ver com alienação política. No MST no entanto, ela descobriu que o sujeito não está atrelado ao esquema -papai me ama ou não me ama ao contrário, há outros valores: ali, o valor do sujeito está dado por sua militância, é essa ideia de poder fazer algo como coletivo que a impressiona. E, é claro, também é fonte de angustias. No movimento, a grande formação de subjetividade coletiva é dada pela questão da igualdade, como lhe disse um militante a respeito de seu "pequeno trabalho". Ele falou: “não existe peixe pequeno”. E disse Kehl: “Não, eu quero dizer que o que eu faço aqui é secundário”. “Não existe tarefa secundária”, disse o militante." Ele foi interprentando a psicanalista! “Companheira, ou somos iguais ou não somos iguais. Se somos iguais, você pode trabalhar lá nas privadas que o seu trabalho é tão importante quanto de um dirigente”.


Poderia-se afirmar que Kehl vive hoje, em relação ao seu trabalho de campo, experiências similares as que Rolnik & Guattari viveram nos anos 80, descobrindo a subjetividade em criação nos movimentos sociais. Há duas diferenças, contudo. A primeira, é que enquanto Rolnik & Guattari viram o movimento das rádios livres expressão de liberdade subjetiva, ela vê no MST; enquanto Rolnik & Guattari centraram-se nas formas de produção social do desejo, ela encontrou um novo objeto de trabalho, a depressão, que parece estar-se tornando o modelo de construção de uma subjetividade dependente do capital. E nisso, ela ainda tem muito a dizer.


PS: as citações da autora foram pesquisadas em seu site http://www.mariaritakelh.com.br/ Vale a pena visitar. A página de fronteiras, que contém uma entrevista é http://www.fronteirasdopensamento.com.br/
PS 2: Beatriz informa sobre o tema que a Lei nº 10.615 de 14/01/2009 de autoria do ver. Oliboni instituiu o Dia Municipal de Prevenção e Combate à depressão a ser realizado no dia 10/09, integrando o calendário Oficial de Eventos de Porto Alegre.

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