A disputa interna entre as correntes do PT para a indicação do seu candidato a Prefeitura esquece o que deveria ser o centro do debate: quem reúne as condições para fazer um bom governo. Para mim, Raul Pont deveria ser o candidato natural, mas não é. A candidatura de Adão Villaverde tem um olhar voltado para as classes médias e os grupos que lhe dão suporte estão de olho nas questões conjunturais do cálculo do voto. Esquecem que Raul Pont possui uma experiência muito maior no interior do Poder Executivo, primeiro como vice-Prefeito, e depois como Prefeito, do que Adão Villaverde e sua indicação só acontece porque o PT mudou de estratégia para a conquista do poder - menos ideologia, mais centrismo – resultando em governos mais marcados pelo continuísmo do que pela ideologia.
A definição do candidato petista não deveria ser assim, ao contrário, deveria estar baseada naqueles candidatos que mais realizações efetivas fizeram enquanto prefeitos e que mais encarnam a ideologia do partido. Quer dizer, o PT ao invés de basear seu cálculo do voto na análise de conjuntura, deveria investir no velho e bom voto retrospectivo e ideológico, levando em conta o julgamento do melhor candidato em função de seu desempenho na administração. Não é o que está ocorrendo quando vemos as tendências do PT preocupadas no alinhamento do candidato com o poder estadual e federal e as correntes, alinhando-se a um e outro em função de seu proprio interesse. Perde a cidade a oportunidade de ver um debate de idéias e anuncia-se um debate “morno” do tipo “fica o que está bom, muda o que não está” que caracterizou a campanha de 2004.
As tendências do PT esquecem que Porto Alegre, junto com São Paulo, Belo Horizonte e Florianópolis, é uma capital na qual o eleitor conhece distinções substantivas entre direita e esquerda. A capital foi administrada pelo PT por dezesseis anos, inclusive por Raul Pont, e isto não pode ser deixado de lado na escolha do candidato a prefeito pelo partido. A avaliação retrospectiva foi um fator decisivo em várias cidades, como Fortaleza, onde o eleitor levou mais em conta o passado dos candidatos na administração. Diz Antonio Lavareda e Helcimara Telles “Deste modo, além do voto ideológico, encontrado em outras cidades, observa-se também um comportamento mais pragmático, baseado no exame da gestão”(Como o Eleitor Escolhe seu Prefeito, FGV, 2011).
Se Adão Villaverde for o candidato, teremos uma campanha “paz e amor”. Prefiro Raul Pont, do bom e velho PT, com uma trajetória mais sólida e discurso de oposição forte. O PT em seu passado recente, aproximou-se demasiadamente do centro do espectro político e isto levou ao fim de sua ideologia. Agora, ao verem-se aproximarem-se as eleições municipais, é hora de dizer: “PT, volte a ser esquerda radical!. Você se divertiu agindo como centro, mas agora está perdoado por isto – está na hora de levar os ideais de esquerda a sério outra vez!”.
A definição do candidato petista não deveria ser assim, ao contrário, deveria estar baseada naqueles candidatos que mais realizações efetivas fizeram enquanto prefeitos e que mais encarnam a ideologia do partido. Quer dizer, o PT ao invés de basear seu cálculo do voto na análise de conjuntura, deveria investir no velho e bom voto retrospectivo e ideológico, levando em conta o julgamento do melhor candidato em função de seu desempenho na administração. Não é o que está ocorrendo quando vemos as tendências do PT preocupadas no alinhamento do candidato com o poder estadual e federal e as correntes, alinhando-se a um e outro em função de seu proprio interesse. Perde a cidade a oportunidade de ver um debate de idéias e anuncia-se um debate “morno” do tipo “fica o que está bom, muda o que não está” que caracterizou a campanha de 2004.
As tendências do PT esquecem que Porto Alegre, junto com São Paulo, Belo Horizonte e Florianópolis, é uma capital na qual o eleitor conhece distinções substantivas entre direita e esquerda. A capital foi administrada pelo PT por dezesseis anos, inclusive por Raul Pont, e isto não pode ser deixado de lado na escolha do candidato a prefeito pelo partido. A avaliação retrospectiva foi um fator decisivo em várias cidades, como Fortaleza, onde o eleitor levou mais em conta o passado dos candidatos na administração. Diz Antonio Lavareda e Helcimara Telles “Deste modo, além do voto ideológico, encontrado em outras cidades, observa-se também um comportamento mais pragmático, baseado no exame da gestão”(Como o Eleitor Escolhe seu Prefeito, FGV, 2011).
Se Adão Villaverde for o candidato, teremos uma campanha “paz e amor”. Prefiro Raul Pont, do bom e velho PT, com uma trajetória mais sólida e discurso de oposição forte. O PT em seu passado recente, aproximou-se demasiadamente do centro do espectro político e isto levou ao fim de sua ideologia. Agora, ao verem-se aproximarem-se as eleições municipais, é hora de dizer: “PT, volte a ser esquerda radical!. Você se divertiu agindo como centro, mas agora está perdoado por isto – está na hora de levar os ideais de esquerda a sério outra vez!”.
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