Paul Virilio sempre manifestou em seus livros seu ceticismo com a tecnologia. Esse arquiteto e filosofo tinha algo da Escola de Frankfurt, na crítica a tecnologia. Mas ela não vinha de um marxismo de formação, ao contrário, vinha de sua experiencia de vida, como sobrevivente da segunda guerra mundial.
Quis traze-lo a Porto ALegre, mas ele disse que não vem, há muitos anos não sai da França. O maior dos filosofos franceses prefere dizer o que tem a dizer ao mundo por seus livros, não se interessa em viajar. Não se interessa por grandes conferencias. O autor de Velocidade e Política, entre outros títulos, que teve o pensamento retratado em um documentário da tevê francesa, continua um homem que critica o presente para manter o valor das coisas do passado que realmente importam . Cartas.
O mundo de cartas auxilia mais nossa memória do que os recursos tecnologicos. Vou emoldura-la.
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